14 de março é o Dia de Conscientização sobre Incontinência Urinária, doença que atinge mais de 10 milhões de brasileiros

A incidência sobretudo em idosos é grande e atinge uma em cada três pessoas

Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp

Segundo dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), aproximadamente 10 milhões de brasileiros apresentam algum grau de incontinência urinária, sendo 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos.

Nos idosos, a incidência é maior, atingindo uma em cada três pessoas.

“Embora mais rara, a incontinência urinária também pode ocorrer com os jovens, especialmente com os que praticam atividades de impacto, que podem ocasionar lesões no assoalho pélvico”, explica a médica ginecologista e diretora da Clínica Salvata, Dra. Sara Arcanjo. “Incontinência urinária é a perda involuntária da urina. É uma doença que afeta a vida social e a qualidade de vida das pessoas, provocando, muitas vezes, insegurança e vergonha. Temos o relato de várias pacientes que evitam sair para passear e se divertir com receio de fazer xixi em público”, complementa Dra. Sara Arcanjo.

Dra. Sara Arcanjo, urologista

Os três tipos principais são: a incontinência urinária de esforço, que ocorre quando a pessoa tosse ou se movimenta, por exemplo; a incontinência urinária de urgência, que é uma vontade súbita de urinar e a pessoa perde urina antes de conseguir chegar ao banheiro; e a mista, que é a união dos dois tipos citados.

Os fatores de risco relacionados vão depender do tipo de incontinência urinária. De uma forma geral, podemos citar gravidez e parto, sendo mais comum quanto maior a paridade, aumento da idade, obesidade, doenças do colágeno, lesões medulares, doenças neurológicas e tosse crônica, entre outros.

O diagnóstico é feito na maioria dos casos pela história clínica e exame físico do paciente. Pode-se lançar mão da elaboração de um diário registrando as características e frequência da perda urinária e, em alguns casos, do estudo urodinâmico.

“Existem vários tipos de tratamento, que vão desde uso de medicações e de fisioterapia pélvica até a aplicação de toxina botulínica na bexiga e cirurgias. Cada caso é um caso e o paciente precisa ser analisado de forma integral”, comenta a médica e também diretora técnica da Clínica Salvata, Dra. Andreisa Bilhar. “O mais importante é deixar claro que, em nenhuma idade, mesmo nos idosos, é normal a perda de urina e que existem diversos tratamentos que irão promover melhora significativa na qualidade de vida desses pacientes. Por isso, procure ajuda médica o quanto antes”, frisa a Dra. Andreisa Bilhar.