O auditório do Ministério da Educação ficou pequeno para acomodar a extensa lista de autoridades, amigos, familiares e outros convidados que foram prestigiar a posse do ministro Camilo Santana, na manhã desta segunda-feira (2).
Estavam lá ministros, governadores, senadores, deputados, educadores e estudantes. Do Ceará, o governador Elmano de Freitas e sua vice Jade Romero; os senadores Cid Gomes, Julio Ventura (suplente) e a futura senadora Augusta Brito, que assumirá o mandato do próprio Camilo, além de deputados federais e estaduais.
Camilo fez um discurso repleto de críticas ao que chamou de ‘desmonte da educação no governo Bolsonaro’, e elencou uma série de providências que serão tomadas.
“Já estou determinando um estudo para a retomada de todas as obras de creches, escolas e outros equipamentos paralisadas por todo o país por falta de repasse de recursos federais. Faremos de imediato um plano para recuperar a qualidade da merenda escolar nas escolas públicas de todo o país. Vamos recuperar a credibilidade do Enem e voltaremos a incentivar a participação da nossa juventude, tão desencorajada nos últimos anos” elencou o ministro.
Em relação ao ensino superior, Camilo anunciou que o MEC vai elaborar um plano de retomada do FIES e do Prouni. Ele defendeu ainda mais investimentos em ciência e tecnologia e a autonomia das universidades.
“Para que todos os desafios que citei sejam plenamente superados torna-se imprescindível o fortalecimento e a valorização dos nossos profissionais da educação, em especial os professores e professoras”, arrematou.
Outro ponto destacado pelo novo ministro foi o desejo de replicar para todo o Brasil o modelo de educação pública adotado no Ceará desde 2007, a partir do governo Cid Gomes, e que virou referência nacional. Uma das responsáveis pela implantação do Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC) foi a ex-vice de Camilo e depois sua sucessora no Governo do Ceará, Izolda Cela, que agora será secretária executiva no Ministério da Educação. Foi para ela, aliás, as palmas mais efusivas durante a solenidade desta manhã.
A cerimônia terminou com mais um ato simbólico do novo ministro. Camilo fez questão de resgatar a figura do educador Paulo Freire, uma referência da educação brasileira de fama internacional, cuja imagem foi bastante maculada ao longo do governo Bolsonaro. É de Freire a frase com a qual o ministro encerrou o discurso:
”Ninguém liberta ninguém. Ninguém se liberta sozinho. Os homens se libertam em comunhão!” (Paulo Freire)
Fotos: Reprodução TV Brasil e Twitter