Foto: Dário Gabriel/Alece
Prefeito José Sarto (PDT) tem levado pancada de todos os lados por conta da implantação da nova taxa de resíduos sólidos (taxa do lixo) em Fortaleza. Inclusive fogo amigo, dentro do próprio PDT. Caso, por exemplo, do vereador Júlio Brizzi, que até a votação da taxa era líder do governo na Câmara e foi o primeiro a se rebelar.
De fato, não é fácil para político botar a cara a tapa na defesa de pautas polêmicas, especialmente quando envolve impostos. Ainda mais em um momento onde as várias correntes partidárias já estão de olho na sucessão do atual prefeito.
Mas tem quem o faça. O deputado Cláudio Pinho (PDT) levou a pauta para a tribuna da Assembleia Legislativa. E cobrou dos colegas que são críticos da taxa criada pelo prefeito Sarto, o mesmo tratamento dispensado ao aumento do ICMS, aprovado no início do ano. Pinho lembrou que a instituição da taxa de resíduos foi para atender decreto (nº 35.051) da então governadora Izolda Cela, assinado em 15 de dezembro de 2022, que estabelecia como condição para repasses de recursos financeiros do Estado a implementação da taxa do lixo nos municípios cearenses.
“Lamentável que estejam atribuindo somente ao prefeito de Fortaleza, José Sarto, o ônus da medida, e deixam de criticar a questão do reajuste do ICMS aprovado no início do ano. Essa é a realidade que alguns deputados e deputadas querem encobrir. Enquanto só 30% da população de Fortaleza vai pagar a taxa do lixo, 100% arcarão com o aumento da taxa de ICMS, mas sobre isso ninguém se revolta”, criticou o deputado Pinho.
