Lula é fenômeno nacional

Nordeste foi fundamental, mas o Sudeste também foi decisivo na eleição do petista

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Foto/Divulgação PT

É incontestável a participação do Nordeste na vitória de Lula. A diferença de votos do petista para Jair Bolsonaro na região supera, em muito, a diferença pró-Bolsonaro em estados populosos do Sudeste – em Minas o petista ganhou. Por pequena margem, é verdade, mas ganhou, mantendo a tradição da votação daquele estado refletir a votação nacional. No Nordeste, Lula, como aconteceu no primeiro turno, voltou a ganhar em todos os estados. No Ceará, praticamente cumpriu-se a meta estabelecida pelo senador eleito Camilo Santana e aliados de subir a diferença de 65% para 70% – o petista ficou com pouco mais de 69%. Entretanto, se comparado a 2018, quando Fernando Haddad foi o candidato, a votação percentual do PT foi menor não só no Ceará mas em quase todos os demais estados do Nordeste. As exceções foram a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Por outro lado, Lula recuperou espaços perdidos por Haddad em 2018. Foram 7,7 milhões de votos a mais no Sudeste, enquanto Bolsonaro perdeu 1,3 milhão de votos na região. Daí porque, mesmo derrotado pelo atual presidente em São Paulo e no Rio, os votos de paulistas e cariocas no petista foram tão essenciais para a vitória como a lavada no Nordeste. O que desconstrói a narrativa preconceituosa de alguns xenófobos da parte de baixo do país. Lula foi bem votado tanto cá quanto lá.