“A arte me trouxe muitas oportunidades, inclusive a de estar aqui hoje”, declarou Totonho Laprovitera, ao iniciar a oficina Transparência: Palestra Espetáculo. O arquiteto, urbanista e artista múltiplo foi convidado pela Escola de Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, Instituto Plácido Castelo, para discorrer sobre suas experiências e como a arte pode integrar na rotina profissional.
“O Tribunal de Contas é formado por pessoas. Descobrir outras áreas que não sejam só o conhecimento formal é muito importante para que as pessoas liberem suas emoções e façam com que essas questões sejam mais trabalhadas”, destacou a conselheira do TCE, Soraia Victor, que acompanhou o evento.
Totonho Laprovitera contou sobre sua infância, o contato inicial com a arte, sobre sua carreira, experiências acadêmicas e vivências.
“Nasci artista e me formei artista, desde menino me interessava pelo desenho. Assim como na vida, o desenho é correr o risco”, comentou.
O arquiteto destacou artistas como Aldemir Martins, Heloísa Juaçaba e Jean-Pierre Chablô, que influenciaram e auxiliaram em sua trajetória. Ele falou ainda sobre a importância da promoção de ações e intervenções artísticas em ambientes institucionais. E finalizou enfatizando que a busca pela transparência “se resume nos significados que dão sentido à vida. Sentindo que nossa cultura é valorizada.”
O artista Mano Alencar também prestigiou o momento e destacou a relevância da ação. “A iniciativa é extremamente importante, pois desperta no público essa vontade artística”. Na oportunidade, o artista visitou o Espaço Multiúso do TCE Ceará (8º andar do Edifício 5 de Outubro), onde sua obra “Panorama Cearense” compõe o ambiente. A criação é organizada em sete telas, totalizando 14 metros, e representa a origem da arte e da cultura cearense.
A palestra foi promovida pelo Programa Educação pela Arte, idealizado pela Coordenadoria de Pesquisa, Inovação e Gestão da Informação do IPC. De acordo com Raimir Holanda, responsável pela área, “a ação tem o objetivo de levar a formação a partir de uma dimensão não convencional. Sair da visão tecnicista e usar a arte para trazer conhecimento”.
Fotos: Ascom/TCE