Opinião: Lula e o retorno da educação inclusiva

Em artigo, o deputado Acrísio Sena (PT) analisa as primeiras medidas do governo Lula na área da Educação

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O presidente Lula está colocando em prática o slogan do seu novo governo. É hora de “união e reconstrução”. Nessa linha, entre as medidas vetadas do governo Bolsonaro está o decreto que visava a criação de classes e escolas especializadas para pessoas com deficiência. Duramente criticada por especialistas da educação, o decreto ganhou destaque por fomentar a segregação entre alunos com e sem deficiência.

A política do ex-presidente era um misto de atraso e preconceito. Na época, diversas entidades recorreram ao Judiciário contra o decreto que resgatava o incentivo a escolas especiais. O STF chegou a suspender a medida. Não tenho dúvida que o fomento da inclusão e da acessibilidade nas políticas de educação para as pessoas com deficiência potencializam o crescimento integral na adolescência e na vida adulta. Esses jovens têm que estar na escola. Para que eles estejam na escola, o poder público tem que ter vagas, profissionais treinados e equipamentos multifuncionais.

Outra vitória de suma importância foi o anúncio do Ministério da Educação que a Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (Dipebs) permanece na estrutura da pasta, mas funcionando dentro da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), facilitando a articulação de políticas nacionais integrativas. São ações afirmativas necessárias para garantir inclusão e cidadania. Somente um governo comprometido com a causa poderia aprofundar esse diálogo tão necessário!

*Acrísio Sena é deputado estadual, líder do PT na Assembleia Legislativa do Ceará e autor do Estatuto Municipal da Pessoa com Deficiência de Fortaleza