O Presidente da Federação das indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, recebeu na sexta-feira (24/03), na Casa da Indústria, em Fortaleza, uma comitiva formada pelo Senador da República e Presidente da Comissão Especial que vai debater políticas públicas sobre Hidrogênio Verde no Senado, Cid Gomes; o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Salmito Filho e o Presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), Eduardo Neves. A ideia do encontro foi compartilhar dados do Hub de Hidrogênio Verde cearense e do Observatório da Indústria da FIEC.
Também participaram do encontro o 1º Vice-Presidente da FIEC, Carlos Prado; o Diretor Administrativo da FIEC, Chico Esteves; o Superintendente do SESI Ceará e Diretor Regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda; o Diretor de Inovação da FIEC, líder do Observatório e Presidente do SIMEC, Sampaio Filho; o Superintendente de Relações Institucionais da FIEC, Sérgio Lopes; a Coordenadora do Núcleo ESG da FIEC, Alcileia Farias; o Consultor de Energia da FIEC, Jurandir Picanço; o Secretário Executivo da Indústria da SDE, Joaquim Rolim; a Consultora da FIEC, Monica Saraiva Panik; e a Assessora Parlamentar do Senador Cid Gomes, Aurea Fontenele.
Ricardo Cavalcante apresentou às autoridades o Observatório da Indústria, plataforma com a terceira maior quantidade de informações do país, com 5 trilhões e 700 milhões de dados. “É uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento da iniciativa privada. O Presidente da FIEC também destacou que os serviços desenvolvidos podem contribuir diretamente com o setor público. “Há dois anos e meio, o Observatório da Indústria foi utilizado para elaborar o Custo Brasil do Ministério da Economia”, disse exemplificando.
O equipamento traz informações precisas em pouquíssimos segundos, o que garante solidez para industriais, empresários e gestores realizarem novos empreendimentos, em qualquer lugar do mundo. “O nosso negócio é criar um algoritmo e trabalhar com inteligência artificial. Contamos, com isso, com 72 profissionais. Muitos deles estão em outros países, como Estados Unidos e Portugal”, pontuou. Em mais de três horas e meia de visita, Ricardo Cavalcante também abordou outros temas ligados à transição energética e à produção do Hidrogênio Verde (H2V), no Ceará.
O Secretário Executivo da Indústria da SDE, Joaquim Rolim mostrou os números que evidenciam o potencial energético do Brasil e do Ceará e destacou que poucos países do mundo apresentam números tão expressivos relacionados à energia solar e eólica, como o Brasil.
Nesse sentido, a Consultora da FIEC, Monica Saraiva Panik argumentou como a década de 2020 pode se tornar a era de uma grande corrida para liderança em tecnologia e afirmou que o investimento em Hidrogênio Verde passa, obrigatoriamente, pelas políticas voltadas à melhoria da industrialização brasileira.
Ao concordar, o Consultor de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Jurandir Picanço, disse que “o Brasil é a bola da vez em Hidrogênio Verde” e defendeu, por isso, um plano de desenvolvimento nacional voltado para o tema.
O Senador e Presidente da Comissão Especial que vai debater políticas públicas sobre Hidrogênio Herde no Senado, Cid Gomes, elogiou o papel da FIEC e disse que o encontro traz soluções para sua nova atuação no Congresso Nacional. “O Brasil tem que vir colher aqui no Ceará a experiência acumulada ao longo desses últimos anos e, sem dúvida nenhuma, poderá contribuir para um planejamento e para o marco regulatório dessa questão. A gente precisa fazer de forma urgente”, reforçou.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Salmito Filho, também parabenizou a iniciativa da FIEC. “Hora de destacar o protagonismo desta instituição por reunir técnicos, instrutores, estudos que apresentam as condições e as vantagens competitivas para a produção de energias renováveis aqui no Brasil, especialmente na região Nordeste”, disse.
Na mesma linha, o Presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), Eduardo Neves, apontou como a ZPE pode contribuir para o novo cenário econômico que se vislumbra no Estado. “A ZPE do Ceará é um grande diferencial para os projetos de Hidrogênio Verde que estão sendo instalados seja na forma líquida ou gasosa. Nesse contexto, a FIEC é um grande parceiro de desenvolvimento econômico no Estado do Ceará. Juntos, já fizemos muitas parcerias e continuaremos fazendo”, finalizou.