Aliança em construção: oposição cearense articula frente para 2026

André Fernandes recebe parlamentares do PDT e discute composição com União Brasil e PL.
André Fernandes recebe deputados do PDT Queiroz Filho, Antonio Henrique e Lucenildo Frota

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Foto: Reprodução/Instagram

Em ritmo de pré-campanha, André Fernandes (PL) voltou a se movimentar politicamente com foco em 2026. Nesta semana, recebeu em Brasília três deputados estaduais do PDT — Queiroz Filho, Antônio Henrique e Lucinildo Frota — numa agenda que evidencia a tentativa de costurar uma frente ampla de oposição no Ceará.

Os pedetistas, que estiveram ao lado de Fernandes no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Fortaleza em 2024, reforçam agora os sinais de continuidade dessa aliança, desta vez no campo estadual. Ainda sem idade mínima para concorrer aos cargos de governador ou senador, o deputado federal tem apostado no fortalecimento do nome do pai, Alcides Fernandes (PL), já lançado como pré-candidato ao Senado com o aval de Jair Bolsonaro.

A visita do trio do PDT sinaliza também uma abertura para a construção de uma candidatura unificada ao Governo do Estado. Nomes como Roberto Cláudio (PDT), Moses Rodrigues (União Brasil), Glêdson Bezerra (Podemos) e até Ciro Gomes foram citados como opções em avaliação, o que indica um cenário ainda indefinido, mas em constante movimentação.

Além de André, os pedetistas também se reuniram com o deputado federal Dr. Jaziel (PL), outro nome influente do partido no estado. As conversas, segundo apurado, giraram em torno da articulação de uma base que una forças em torno de projetos comuns para o Ceará.

Outro ponto da agenda em Brasília envolveu diálogos com lideranças do União Brasil. Os deputados Moses Rodrigues, Dayany Bittencourt e Danilo Forte atualizaram os colegas sobre a possível federação entre o União e o PP, costura que pode alterar significativamente o tabuleiro eleitoral de 2026. Nesse contexto, o nome de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, tem ganhado força como possível opção para a corrida ao Palácio da Abolição, especialmente se decidir migrar de partido.

Nos bastidores, a expectativa é que uma eventual mudança de legenda de RC seja acompanhada pelo grupo de parlamentares mais próximos a ele. Mas esse movimento deve ocorrer somente no período da janela partidária, no ano eleitoral.

A rodada de reuniões incluiu ainda encontros com Fernando Santana (PT), secretário de Recursos Hídricos do Ceará, e André Figueiredo, presidente interino do PDT. Apesar de estarem em campos distintos, as conversas têm servido para mapear cenários e avaliar possibilidades.

Com as peças começando a se mover no tabuleiro político, o encontro em Brasília expôs não apenas a tentativa de rearticulação de André Fernandes, mas também o esforço de setores da oposição em construir alianças mais sólidas com vistas a 2026. A movimentação pode ser o prenúncio de uma eleição com novos alinhamentos e disputas mais amplas no Ceará.