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O ex-presidente Jair Bolsonaro tem articulado estratégias para manter sua influência nas eleições de 2026, mesmo diante da inelegibilidade. Fontes da jornalista Bela Megale, de O Globo, revelam que uma das principais apostas seria compor uma chapa com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como vice. A ideia busca explorar o peso político do sobrenome Bolsonaro para galvanizar o eleitorado conservador.
Eduardo, que já desponta como figura de destaque no cenário político internacional entre lideranças da direita, como Donald Trump, Javier Milei e Viktor Orbán, seria visto como uma continuidade natural do projeto político familiar. Além disso, sua proximidade com esses líderes é considerada um trunfo para reforçar a conexão do bolsonarismo com movimentos conservadores globais.
Plano em cenários adversos
O desenho da chapa também contempla eventuais desdobramentos jurídicos envolvendo Jair Bolsonaro, como uma possível prisão. Nesse contexto, o ex-presidente poderia repetir uma estratégia semelhante à adotada por Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, quando o então candidato do PT teve sua candidatura barrada e lançou Fernando Haddad como substituto.
A troca de candidato seria viabilizada no limite do prazo estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dessa forma, o nome de Eduardo Bolsonaro poderia ser oficializado como cabeça de chapa, mantendo o vínculo simbólico com o ex-presidente, essencial para mobilizar sua base eleitoral.
Implicações eleitorais
A manutenção do nome Bolsonaro na cédula eleitoral é vista como uma estratégia para assegurar competitividade. Mesmo inelegível, o ex-presidente acredita que sua imagem e legado podem atrair votos suficientes para consolidar a direita em posição de protagonismo no pleito.
Dentro do núcleo político bolsonarista, outros nomes também têm sido considerados para compor a chapa em cenários distintos, mas Eduardo permanece como favorito, sobretudo após as recentes movimentações políticas que reforçam sua relevância no debate público.
A articulação de uma chapa que envolva membros da família Bolsonaro reflete a intenção de preservar a marca política construída desde 2018, mantendo a narrativa alinhada aos ideais conservadores que consolidaram sua base eleitoral. O plano, entretanto, dependerá dos desdobramentos jurídicos e políticos nos próximos anos.