Foto: Junior Pio
O deputado estadual Fernando Santana (PT), cotado para suceder Evandro Leitão (PT) na presidência da Assembleia Legislativa do Ceará, manifestou-se sobre o rompimento político entre o governador Elmano de Freitas (PT) e o senador Cid Gomes (PSB). Segundo Santana, a questão central não seria a escolha de nomes, mas sim o protagonismo do Partido dos Trabalhadores no cenário político do estado.
“Até onde sei, o que se discute não é a definição de quem ocupará posições de destaque, mas sim o papel do partido nesse contexto. O que tenho ouvido de colegas e na imprensa aponta nessa direção”, afirmou Fernando Santana ao jornal O Povo. Ele destacou que a situação não está diretamente vinculada a sua possível indicação para o comando do Legislativo estadual.
Contexto do rompimento
O desentendimento entre Elmano e Cid surge em um momento de ampla influência do PT, que atualmente controla a Presidência da República com Lula, o governo do Ceará com Elmano e, a partir de 2025, a Prefeitura de Fortaleza com Evandro Leitão, caso o cenário atual se confirme. Para Cid Gomes, que teve papel central no apoio à eleição de Elmano em 2022, esse domínio não seria estratégico.
A escolha de novos líderes no Legislativo cearense intensificou o debate político, especialmente por envolver figuras de destaque, como Fernando Santana, aliado de primeira hora do governador e figura representativa do PT no interior do estado.
Outros nomes em discussão
Embora Fernando Santana seja um dos favoritos à presidência da Assembleia, o cenário político inclui outros possíveis postulantes, como o líder do governo, Romeu Aldigueri (PDT), e parlamentares com experiência consolidada, entre eles Salmito Filho (PDT), Sérgio Aguiar (PDT) e Osmar Baquit (PDT). Essa pluralidade de opções reflete a complexidade das articulações políticas, especialmente diante da ruptura entre as duas lideranças mais influentes do estado.
Fernando Santana e o desafio político
Fernando Santana, que recentemente disputou sem sucesso a Prefeitura de Juazeiro do Norte, encara agora um novo desafio. O deputado tem buscado equilibrar sua atuação como interlocutor próximo do governador e sua posição em um cenário de negociações delicadas, onde a unidade partidária será crucial para o fortalecimento do projeto político do PT no Ceará.