Fortaleza dá o primeiro passo para um pacto pela superação da situação de rua

A vice-prefeita e secretária de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social Gabriella Aguiar lidera um amplo pacto entre poder público e sociedade com foco no alinhamento de propostas nas áreas de acolhimento, moradia e reintegração social.

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Foto: Divulgação

A Prefeitura de Fortaleza reuniu, nesta quarta-feira (23), representantes de diferentes setores públicos e da sociedade civil para iniciar a construção de um pacto voltado à superação da situação de rua na capital. O encontro, coordenado pela vice-prefeita e titular da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Gabriella Aguiar, teve como foco o alinhamento de propostas nas áreas de acolhimento, moradia e reintegração social.

Durante a reunião, foram apresentadas medidas que a gestão municipal pretende desenvolver nos próximos anos, com metas de curto, médio e longo prazo. O diferencial, segundo Gabriella, está na escuta ativa.

“Estamos incorporando sugestões das instituições parceiras e das próprias pessoas em situação de rua. O pacto será construído de forma colaborativa”.

As propostas discutidas serão consolidadas em documento oficial, que seguirá aberto a contribuições por meio de ofícios das entidades participantes. Um fórum específico com a população em situação de rua também está previsto, para aprofundar o diálogo e identificar lacunas nos serviços públicos.

A pauta da moradia teve destaque com a participação do secretário do Desenvolvimento Habitacional, Jonas Dezidoro. Ele apontou a intenção do município de ampliar o percentual de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida destinadas à população em situação de rua.

“A proposta nacional é de 3%, mas aqui trabalhamos para chegar a 5%”, afirmou.

O encontro contou com a presença de representantes do Governo do Estado, Ministério Público, Defensoria Pública, Poder Judiciário, universidades, igrejas, movimentos sociais e entidades do setor produtivo. A diversidade de vozes na mesa reflete o caráter intersetorial que a proposta exige.

Com o início dos trabalhos, a expectativa é de que o pacto se torne um instrumento permanente de articulação, capaz de integrar políticas públicas e ações sociais voltadas a um dos desafios mais complexos enfrentados pelas grandes cidades.