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O “Bora de Graça”, programa de transporte público gratuito em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi interrompido após a Organização Guimarães Ltda, concessionária responsável pelo serviço, comunicar uma dívida de R$ 14,3 milhões por parte da Prefeitura. A decisão foi acompanhada de um pedido formal ao Ministério Público do Estado do Ceará para abertura de inquérito, com o objetivo de apurar possíveis prejuízos à população e investigar irregularidades administrativas.
Impacto imediato
A suspensão do serviço afeta diretamente milhares de usuários que dependiam da gratuidade para deslocamento. A medida traz à tona a complexidade financeira do município, que enfrenta outras dificuldades relatadas pela equipe de transição do próximo governo, como atrasos em pagamentos, demissões em massa e dívidas previdenciárias.
No Instituto de Previdência do Município de Caucaia (IPMC), o saldo negativo é estimado em R$ 39,5 milhões, o que reforça a dimensão dos desafios que a nova gestão enfrentará.
Denúncias e repercussões
A concessionária, em seu ofício ao Ministério Público, apontou a necessidade de investigar não apenas a dívida, mas também possíveis práticas de improbidade administrativa. O prefeito eleito, Naumi Amorim, também expressou preocupação com a situação fiscal da cidade, indicando que o rombo financeiro pode superar R$ 200 milhões, valor anteriormente divulgado pela administração atual.
O que vem pela frente
Com o fim do transporte gratuito, aumenta a pressão sobre o poder público para buscar alternativas que garantam a mobilidade da população. A expectativa recai sobre a nova gestão, que deverá apresentar estratégias para reequilibrar as contas municipais e restabelecer serviços essenciais. Enquanto isso, o caso permanece sob análise do Ministério Público, com possíveis desdobramentos legais para apuração de responsabilidades.
O episódio evidencia o impacto direto de uma gestão fiscal desafiadora na qualidade de vida dos moradores e ressalta a urgência de ações que priorizem o bem-estar coletivo. A retomada do diálogo entre prefeitura e concessionária será crucial para minimizar os danos e buscar soluções que atendam às necessidades da população.