Foto: José Leomar
O deputado estadual Guilherme Bismarck (PDT) permanece em atividade na Assembleia Legislativa do Ceará graças a um sistema de revezamento de licenças entre parlamentares do mesmo partido. Esse cenário tem sido recorrente desde maio do ano passado, quando Bismarck assumiu a cadeira de deputado após Marcos Sobreira (PDT) pedir afastamento para tratar de assuntos particulares. Desde então, outros deputados da sigla, como Jeová Mota, Osmar Baquit, e agora Guilherme Landim, seguiram a mesma prática, possibilitando que Bismarck complete um ano de exercício no cargo.
O mecanismo, que garante a suplentes a chance de atuar temporariamente na Casa, também é observado em outros partidos. No PT, por exemplo, Guilherme Sampaio, suplente da legenda, vem ocupando vaga desde 2023, em função de licenças solicitadas por Fernando Santana e outros membros da legenda.
Essas licenças são fundamentadas em motivos de ordem pessoal e, por isso, não geram remuneração para os parlamentares afastados, o que elimina impacto financeiro direto no orçamento da Assembleia. Esse acordo, mesmo informal, é uma prática recorrente e garante que suplentes como Bismarck e Sampaio possam participar ativamente das atividades legislativas, sem interromper o funcionamento do Parlamento.
Essa estratégia, comum no cenário político cearense, reflete uma forma de gestão dos mandatos que, em termos práticos, busca equilibrar as agendas políticas e pessoais dos deputados, ao mesmo tempo em que mantém o suplente em exercício no parlamento por um período considerável.