Foto: Ascom/Cid Gomes
Na tarde desta terça-feira (14), a crise no Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Ceará atingiu um novo patamar com a decisão de 43 prefeitos de deixarem a legenda imediatamente. Outros três prefeitos, que se retiraram antes do término da reunião, afirmaram que consultarão suas bases antes de oficializarem a saída. O cenário, desencadeado pelos conflitos entre o grupo liderado pelo senador Cid Gomes e a ala comandada pelo presidente nacional do partido, deputado André Figueiredo, o ex-governador Ciro Gomes e o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, reflete a intensificação das divisões internas.
A reunião, realizada no hotel Gran Marquise, foi um desdobramento das tensões entre os grupos rivais. Cid Gomes, destituído da presidência estadual do PDT na semana anterior, concedeu carta de anuência a vários parlamentares, permitindo que deixassem o partido sem perderem seus mandatos. Apesar disso, uma liminar judicial manteve o senador no comando, enquanto as cartas de anuência foram anuladas pela Executiva Nacional. Os parlamentares afetados planejam judicializar o caso.
Em declarações à imprensa, o deputado licenciado Salmito Filho revelou que os prefeitos ainda não decidiram para qual partido migrarão, mas enfatizou que seguirão a liderança de Cid Gomes. Com a saída em massa de 43 prefeitos, somando-se aos parlamentares que pretendem se desligar, o PDT do Ceará enfrentará uma significativa redução em sua representatividade, voltando a ser um partido de menor expressão no estado. Um retrocesso em relação ao período de ascensão do grupo dos irmãos Ferreira Gomes, que ingressou na legenda em 2015 e a transformou em uma força política significativa.