Cagece orienta sobre cuidados com a rede de esgoto durante período chuvoso

Só em 2023, foram retiradas mais de 27 mil toneladas de lixo da rede de esgoto de Fortaleza. Entre o material recolhido, mistura de sucatas, metais e resíduos insalubres.
Bueiro da Cagece

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Foto: Divulgação 

Com o início quadra chuvosa em todo o Ceará, os cuidados com as redes de esgoto e de drenagem precisam ser redobrados, e para evitar obstruções, extravasamentos e alagamentos, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) orienta que a população faça o uso correto dos dois sistemas. Dentre as principais orientações: não destinar água de chuva e lixo para a rede de esgoto da Cagece.

Somente em 2023, foram retiradas mais de 27 mil toneladas de lixo da rede de esgoto de Fortaleza. Entre o material recolhido, foram identificadas mistura de sucatas, metais e resíduos insalubres. Já nos municípios de Caucaia, Paracuru, Paraipaba, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu e Trairi o total recolhido entre os meses de setembro e dezembro do mesmo ano, contabilizaram quase 3.700 toneladas.

“Todo o material retirado do sistema de esgoto é transportado em um caminhão fechado, e depositado em um leito de secagem, a fim de ser retirada a umidade dos materiais. Em seguida, os resíduos são transferidos para o destino final, que no caso de Fortaleza é o Asmoc”, explica o gerente da Unidade de Negócio de Parceria da RMF Norte, Paulo Henrique.

 

Drenagem x Esgoto

É importante que a comunidade compreenda a diferença e a função das duas redes.

“Em Fortaleza, o sistema de esgotamento sanitário atualmente é de responsabilidade da Ambiental Ceará, sob a supervisão da Cagece, já o sistema de drenagem, assim como sua manutenção, é de encargo da prefeitura, e os dois funcionam separadamente”, explica Samara Silveira, gerente de Responsabilidade e Interação Social da Cagece.

A rede coletora da Cagece é projetada para receber apenas esgoto doméstico, que são provenientes do banho, das pias e lavanderias das residências, comércios e indústrias. Vale ressaltar que nos imóveis, a fossa séptica não deve estar interligada à caixa coletora. Todos os resíduos sólidos devem ser descartados corretamente, ou seja, fora da rede coletora.

“A medida em que esses resíduos, como restos de comida, óleo de cozinha e papel higiênico, são despejados nessa rede, é criada uma camada de sujeira na tubulação, acarretando também no refluxo de esgoto”, explica Samara.

Em relação às águas das chuvas, estas são direcionadas exclusivamente para as redes de drenagem, popularmente conhecidas como boca de lobo e bueiro. Esse sistema é de responsabilidade das prefeituras municipais e deve ser utilizado apenas para o escoamento dessas águas.

O sistema de drenagem recebe as águas das chuvas e as leva de volta para natureza, por isso, a rede jamais deve receber resíduos sólidos, o que ocasionaria na contaminação dos mananciais. Essas águas também não devem ser despejadas na rede de esgoto.

“O principal fator que ocasiona o extravasamento dos pontos de manutenção localizados nas ruas é a destinação da água das chuvas para a rede coletora de esgoto”, acrescenta Samara Silveira.

Destinação incorreta acarreta em multa

Destinar água de chuva para rede coletora de esgoto é considerada infração passível de multa, conforme artigo 115 da resolução n° 02/2006 da Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor).

Dicas importantes:

-Não levantar a tampa dos poços de visita da Cagece;

-Não direcionar areia ou lixo para a tubulação de esgoto;

-Não direcionar água da chuva para o sistema de esgotamento sanitário;

-Não jogar restos de comida e óleo na pia;

-Verificar se a destinação do esgoto e da água da chuva dentro dos imóveis está sendo realizada de forma correta.