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A Polícia Federal (PF) indiciou os generais cearenses Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Estevam Theóphilo Gaspar de Oliveira no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos estão entre os 38 acusados apontados pela investigação, que detalha a existência de um plano articulado com divisão de tarefas e participação de figuras do alto escalão político e militar.
Segundo a PF, o núcleo investigado teria planejado ações para neutralizar lideranças políticas e judiciais do país, incluindo o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O plano, documentado em novembro de 2022 dentro do Palácio do Planalto, descrevia medidas como o uso de explosivos, armamento pesado e até envenenamento para alcançar seus objetivos.
Além disso, o inquérito revelou que reuniões decisivas para a articulação do golpe teriam ocorrido em locais como a residência do general Walter Braga Netto, ex-ministro e aliado de Bolsonaro.
Outros nomes envolvidos
Entre os indiciados estão figuras de relevância nacional, como o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A lista inclui ainda políticos, militares e civis que teriam se organizado em seis núcleos específicos, como os de inteligência paralela, operações coercitivas e desinformação.
