40 anos sem ditadura: Lula e Sarney destacam a luta pela Democracia

Presidente alerta para riscos do autoritarismo, enquanto ex-mandatário ressalta a necessidade de vigilância constante.
Lula e Sarney

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (15) de um evento que celebrou os 40 anos do fim da ditadura militar no Brasil. Em seu discurso, reforçou a importância da democracia e alertou para os desafios que ainda existem na sua defesa. O encontro aconteceu em Brasília e reuniu autoridades, historiadores e ex-líderes políticos que vivenciaram a transição do regime militar para a redemocratização.

Entre os homenageados estava José Sarney, que assumiu a Presidência da República em 1985 após a morte de Tancredo Neves. Em sua fala, Sarney destacou que a democracia exige vigilância constante e mencionou episódios recentes de tentativas de ruptura institucional no país.

“O preço da liberdade é a eterna vigilância”, afirmou, relembrando o período de incertezas que marcou o fim do regime militar e o início da Nova República.

Lula enfatizou que a democracia não pode ser tratada como algo garantido, mas sim como uma construção diária.

“Ainda há aqueles que planejam a volta do autoritarismo. Precisamos estar atentos e mobilizados para que isso nunca aconteça”, declarou o presidente. Ele destacou que avanços sociais, como o combate à fome e a redução das desigualdades, só foram possíveis porque o Brasil vive em um regime democrático.

Em uma publicação nas redes sociais, Lula reforçou a importância de preservar as liberdades conquistadas nas últimas quatro décadas.

“A história nos ensina que precisamos defender a democracia todos os dias. Sem ela, não há inclusão social, não há desenvolvimento, não há futuro”, escreveu.

O evento também contou com a participação de pesquisadores e representantes da sociedade civil, que destacaram a necessidade de transmitir às novas gerações o significado do período de repressão vivido pelo país. Para os organizadores, relembrar a história é um passo essencial para evitar que erros do passado se repitam.

A ditadura militar no Brasil teve início em 1964 e se estendeu por 21 anos. Durante esse período, foram registradas censura, perseguições políticas, prisões arbitrárias e desaparecimentos de opositores do regime. O processo de redemocratização começou em 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves e José Sarney, culminando na promulgação da Constituição de 1988, que restabeleceu o Estado Democrático de Direito.

Quatro décadas depois, as reflexões sobre esse período continuam fundamentais para reforçar a importância das instituições democráticas e para lembrar que a democracia, mais do que um marco histórico, é um compromisso contínuo com a liberdade e os direitos da população.